20/02/2012

Coisas importantes (ou não) da semana #22

#1 - O convívio com os amigos - As figuras menos bonitas que se fazem por eles (gosto taaaanto do Carnaval...) e a comemoração de vitórias pessoais. Bons ritmos.

#2 - A capital - No lugar do costume, onde se resolve, se procura e se encontra. Sol a lembrar a primavera, propício a passeios na Baixa e em Belém. Como sempre, sabe a pouco.

#3 - Fim de fim-de-semana - O culminar do descanso, com as tarefas de quem quer começar a semana em ordem.

No fundo, as "tretas" do costume, que nos movem, preenchem e (mesmo sem sabermos) nos fazem felizes.

P.S. Os tópicos acima mencionados são apresentados sem ordem lógica e razão aparente. 

14/02/2012

pronto, tomai o Amor...



(Coooooooooookie!!!)

13/02/2012

As pessoas #3

- Por um lado, há aqueles que conhecemos, achámos a certa altura que já não conhecíamos, mas afinal até parece que sim. Depois há os outros que, quanto mais conhecemos, menos queríamos ter conhecido. 
- Há também os que, por infantilidade ou fraqueza de espírito, quando estão mal com "a", ficam bem com "b", vão alternando por dias, função da direcção do vento, e nunca, jamais, estarão bem com "a" e "b" em simultâneo. Depois há os que estão bem com "a" e com "b" e, eventualmente, moderarão alguma questão mais delicada, sem nunca questionar a amizade de cada um deles.
- Temos ainda os que, estando o próximo (chamemos-lhe assim), por qualquer motivo, bem com qualquer coisa na vida, nunca o merecerá (o bem) e certamente que nunca ficarão agradadas com o bem estar alheio (do próximo, vá). Depois há os que ficam felizes com as vitórias dos amigos.
- Há ainda os que vão, vêm, e vão e vêm, só porque sim (ou por falta de frontalidade, quem sabe). Depois há os que, mesmo estando longe, sabemos que estão e estarão sempre perto.

E colocando as coisas neste prisma, parece-me muito claro quais aqueles a quem devo chamar amigos. Prefiro esses.

09/02/2012

Quem pensa assim não é gago #14

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"Nós, os portugueses, queixamo-nos. A minha avó queixava-se do reumático e dos vizinhos, do frio e do calor, do preço do pão de mistura e, aos domingos de manhã, inapelavelmente, do meu avô. Queixamo-nos da vida, dos políticos, do país quando vivemos cá, do estrangeiro quando para lá emigramos, dos ladrões quando roubam, da polícia quando policia, das multas por excesso de velocidade a que os outros milagrosamente sempre escapam. A queixa faz parte de nós. Somos de um servilismo complicado, resmungão, mal-encarado, cheio de úlceras e de violências murmuradas. Gostamos de manifestações suaves e de protestos débeis porque temos sempre as queixas, as lamentações, as pieguices. O que temos mais é pena. Temos tanta pena! Não sabemos o que é a verdadeira compaixão. Temos muita pena. Quando alguém se queixa da saúde e lhe dizemos que tem de ir ao médico, percebemos tudo: o estado não é suficientemente grave para ir ao médico, é apenas suficientemente real para gerar a queixa. O português compraz-se na queixa. A queixa não agrava, alivia. É auto-medicação espiritual. Uma mezinha caseira para alívio das dores da alma. O primeiro-ministro pode tirar-nos o Carnaval e os feriados, as férias e os subsídios, mas não pode querer que deixemos de nos queixar. Em primeiro lugar, porque temos motivos para isso. Em segundo, porque não precisamos de motivos, embora sempre os tenhamos tido. Nunca precisámos e sempre os tivemos. A queixa é uma oração secular. A queixa está para a revolta como a pieguice está para a verdadeira compaixão, como o desabafo está para o verdadeiro pensamento filosófico. É o substituto à medida do nosso saldo existencial. Acredito que possa ser desesperante ouvir todos os dias queixas de empresários, de trabalhadores, de professores, de artistas, de alunos e de sindicalistas. Olhe, sr. primeiro-ministro, faça como nós, queixe-se!"


Bruno Vieira Amaral em A Douta Ignorância

08/02/2012

Simple Pleasures #1

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Sobretudo porque no Inverno é um conforto para a alma.

02/02/2012

Coisas importantes (ou não) da semana #21

Num resumo quase quinzenal, de um tempo que tem voado, destaca-se:

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- A resolução de questões do passado, que pareciam não ter fim. Com ela, uma série de novos objectivos, novas ocupações e tempo dedicado àqueles que marcaram a nossa vida, e que, apesar de estarem longe, ou de nos terem deixado há muito, o merecem.

- A cada vez menor preocupação com os que se dizem amigos quando, na verdade, passam a vida ensimesmados, alheados da nossa vida, desinteressados em fazer parte dela. Depois estranham que nada saibam, que os amigos talvez não o sejam, porque até nem dão contas do que andam a fazer. Acredito, cada vez mais, que a estima é a base de uma boa amizade e que o "como estás?" sincero é cada vez mais subestimado.

Por hoje vai chegando. O tempo urge, e há que aproveitá-lo.

P.S. Os tópicos acima mencionados são apresentados sem ordem lógica e razão aparente.